Ivanka Trump, filha e assessora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, inauguraram nesta segunda-feira (14) a embaixada dos Estados Unidos na cidade de Jerusalém, em Israel.

O embaixador americano no país, David Friedman, abriu o evento, que começou às 16h locais (10h em Brasília). O dia foi escolhido porque também marca os 70 anos da fundação do Estado de Israel.

A delegação americana enviada ao evento por Trump é liderada pelo subsecretário de Estado, John Sullivan, e inclui, além de Ivanka e Mnuchin, o marido dela, Jared Kushner, conselheiro do presidente.

“Em nome do 45º presidente dos Estados Unidos, damos boas-vindas oficialmente, pela primeira vez, na embaixada dos EUA aqui em Jerusalém, a capital de Israel”, afirmou Ivanka aos convidados na nova sede diplomática americana, uma cerimônia histórica realizada no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental.

Os EUA se tornaram hoje o primeiro país escolher Jerusalém como sede de sua embaixada em Israel desde 2006. Naquele ano, os países foram retirando gradualmente suas sedes diplomáticas da cidade após a comunidade internacional assim o decidiu.

“Israel é uma nação soberana com o direito de determinar sua própria capital. Nossa maior esperança é a paz, e os EUA estão comprometidos com a paz no Oriente Médio e em respeitar o ‘status’ quo em Jerusalém”, disse Trump, que participou do evento por vídeo.

Ivanka Trump, filha e assessora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin inauguram a embaixada dos EUA em Jerusalém
Ivanka Trump, filha e assessora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin inauguram a embaixada dos EUA em Jerusalém

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu Trump por ter coragem de completar suas promessas.

“Transferir a embaixada para Jerusalém é um reconhecimento da realidade, mas também um passo para incentivar a paz na cidade, na região e no mundo todo”, disse o subsecretário de Estado americano sobre a decisão tomada pela Casa Branca.

Protestos

Um confronto armado entre palestinos e soldados israelenses deixou mais de 500 feridos e 41 mortos nesta segunda-feira (14) na Faixa de Gaza. A tensão entre os lados contrários aumentou com a inauguração da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, que ocorreria logo depois.

Com a violência, a inauguração chegou a ser adiada, mas acabou ocorrendo no horário previsto.

Forças israelenses, que tinham advertido a população com panfletos para que não se aproximassem da fronteira, jogaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes para evitar que se aproximassem da cerca.

Confrontos marcam o 70º aniversário de Israel
Confrontos marcam o 70º aniversário de Israel

Um grupo de palestinos conseguiu cortar a cerca de segurança e invadiu o território de Israel. De acordo com a Agência de Notícia Efe, há outros confrontos marcados por grupos palestinos nas cidades de Nablus, Hebron e Belém.

70 anos de Israel

A inauguração da embaixada dos Estados Unidos na cidade de Jerusalém, em Israel, marcou os 70 anos de independência de Israel.

O Estado de Israel foi criado após uma votação histórica da ONU em 1948. Com 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções, a ONU aprovava a divisão daquelas terras entre um estado judeu e outro árabe.

Porém, sabe-se que a história do povo de Israel vai muito além do reconhecimento e da criação de seu estado com ajuda da ONU. Israel tem mais de 3.000 anos de história, marcados por intensas perseguições de outros países, mas também por superação a cada tentativa de seus inimigos em derrotá-lo, como pode ser visto no vídeo acima, produzido em português pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Os 300 anos de escravidão no Egito, o cativeiro da Babilônia e o domínio pelo império romano foram somente alguns dos registros bíblicos sobre os momentos difíceis que o povo de Israel vivenciou.

Posteriormente aos relatos bíblicos, os judeus continuaram sendo perseguidos, como em sua expulsão da Espanha (1492). Porém sua capacidade de resiliência sempre fez esse povo se reerguer e aos poucos, judeus de todas as partes do mundo começaram a migrar de volta para a terra de Israel.

Mas em 1933, se ergue na Alemanha, um ditador disposto a eliminar o povo judeu de onde quer que seu governo totalitário tivesse domínio. Hitler e o nazismo foram responsáveis pela morte de seis milhões de judeus, marcando o um dos maiores massacres da história da humanidade, nos tempos da Segunda Guerra Mundial.

Já após o final da Segunda Guerra e a derrota de Hitler (1945), ocorre a votação histórica da ONU em 1948, mas apesar do povo judeu celebrar a divisão das terras como uma vitória, o povo árabe não aceitou a decisão e iniciou uma guerra contra Israel.

Israelenses comemoram os 70 anos do Estado de Israel
Israelenses comemoram os 70 anos do Estado de Israel

A vitória nesta guerra foi do povo judeu, que viu sua nação prosperar como Estado Democrático. Porém ainda teria que enfrentar outro conflito que estava por vir, em 1967, com a Guerra dos Seis Dias.

Com este resumo da história de Israel, o que se vê é que neste 14 de maio, não se celebram apenas os 70 anos de sua independência, mas também os 3 mil anos de superações que marcaram toda a sua história.

Fonte: Pleno News e Guia-me

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