Bombas contra casas cristãs em Bagdá mataram duas pessoas e feriram mais de uma dúzia na quinta-feira à noite.

Foi outra onda de ataques contra a pequena população cristã, a qual está ainda abalada com o massacre em outubro, que deixou dezenas de adoradores mortos e forçou milhares a fugirem do país.

Enquanto muitos cristãos iraquianos estavam indecisos em permanecer em sua terra natal ou deixar para escapar do perigo e perseguição, os últimos ataques os convenceram a fugir.

“Nós vamos amar o Iraque para sempre, mas nós temos que sair daqui imediatamente para sobreviver,” disse Noor Isam, 30, ao The New York Times. “Eu perguntaria ao governo, ‘Onde está a segurança prometida aos cristãos?”

Durante os últimos dois meses, os Cristãos do Iraque viveram com medo e incerteza, enquanto militantes ligados à Al Qaeda efetivamente declararam guerra contra a minoria.

O Estado Islâmico do Iraque, um grupo guarda-chuva para o grupo de Islâmicos Sunitas insurgentes que inclui a Al Qaeda, assumiram responsabilidade pelo ataque de 31 de outubro na Igreja Nossa Senhora da Salvação que deixou pelo menos 58 pessoas mortas, e ameaçou mais ataques. Menos de duas semanas depois, pelo menos 11 bombas explodiram em três vizinhanças cristãs em Bagdá, matando cinco pessoas. O grupo militante também se responsabilizou pela violência de novembro.

O medo tem paralisado muitos dos cristãos, que têm se recusado a deixar suas casas por causa da chance de serem alvos nas ruas. Mas os últimos ataques são evidências de que há pouco refúgio para cristãos no Bagdá.

Tendo em vista o massacre da Igreja, pelo menos 1000 famílias cristãs fugiram do Bagdá para o norte do Iraque ou para países próximos ao Jordão, Síria e Turquia. A população cristã diminuiu dramaticamente desde a invasão norte-americana em 2003 quando havia estimadamente 1,4 milhões de cristãos. Hoje, a população caiu para menos que a metade.

As autoridades iraquianas reconheceram a falha do governo em proteger a minoria decrescente.

O Major Hashim Ahmed, um investigador da polícia, admitiu, “a falha de nossos comandantes e do governo foi clara, porque eles não tomaram medidas sérias,” como relatado pelo The New York Times.

Grupos de direitos humanos urgiram orações pelos cristãos iraquianos. A Portas Abertas Estados Unidos chamou a violência de nada menos que “religiocídio,” ou uma dizimação de uma comunidade histórica religiosa.

[b]Fonte: Missão Portas Abertas[/b]

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