O Sistema Único de Saúde (SUS) gastou mais de R$ 34 milhões com o tratamento de mulheres que tiveram complicações decorrentes de abortos mal sucedidos em 2007. A rede pública de saúde atende, anualmente, 250 mil mães nessa situação, mas, um estudo realizado pela ONG Ipas Brasil, no ano passado, estima que ocorram 1.054.243 abortos a cada ano no País.

Os números divulgados pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, levaram a Frente Parlamentar em Defesa da Vida contra o aborto da Câmara dos Deputados a pedir a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI).

Eles pretendem investigar a comercialização de remédios abortivos e o funcionamento de clínicas clandestinas que fazem o procedimento.

No último dia 8, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), autorizou a instalação da CPI do Aborto sob o protesto de entidades feministas e da bancada feminina da Câmara.

Os movimentos feministas com o apoio do Ministério da Saúde e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) tentam impedir a instalação da CPI.

A idéia do grupo é fazer com que os líderes partidários não indiquem seus representantes. Caso isso ocorra, cabe ao presidente da Câmara indicar os membros da comissão.

Fonte: JB Online

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