A definição de “pregador do ódio”, utilizada pelo líder do Partido Verde alemão, Volker Beck, para se referir ao cardeal-arcebispo de Colônia, Joachim Meisner, desencadeou nova polêmica entre o partido ecologista e a Igreja Católica na Alemanha, que estuda até mesmo a possibilidade de uma ação legal contra o líder político.

Numa entrevista publicada nos dias passados, pelo semanário “Der Spiegel”, Volker Beck chama o cardeal, textualmente, de “pregador do ódio”, referindo-se a declarações feitas, precedentemente, pelo purpurado, nas quais, entre outras coisas, ele critica a legalização dos matrimônios homossexuais e a adoção de crianças por esse tipo de casais.

“Os modelos humanos alternativos de convivência sexual não são verdadeiros e, por isso, são corrompidos em seu núcleo. A humanidade não faz outra coisas senão destruir-se com a aceitação de tais modelos” _ disse o Cardeal Meisner, na homilia da santa missa que celebrou, recentemente, por ocasião de uma visita à Suíça.

O líder do Partido Verde _ homossexual declarado _ critica a afirmação do cardeal, acrescentando que ele “atua de novo como justiceiro pregador do ódio, que nega o direito de inteiros grupos de seres humanos à existência”.

Um porta-voz do Arcebispado de Colônia anunciou neste domingo, 28, que está sendo avaliada a possibilidade de uma ação legal contra Beck, como já foi feito no passado, quando um tribunal proibiu que um humorista político alemão usasse a mesma definição para referir-se ao Cardeal Meisner.

Outros parlamentares “verdes” tomaram distância das afirmações de Beck, qualificando-as de “inapropriadas e desproporcionais”. A presidente do Partido Verde, Claudia Roth, afirmou que tais polêmicas não devem ser vistas como “confronto”, uma vez que tanto os Verdes quanto a Igreja Católica “trabalham pela preservação da criação”.

Fonte: Rádio Vaticano

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