O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, negou envolvimento com bicheiros em seu programa matinal na rádio Manchete. Uma matéria publicada ontem pela Folha de S.Paulo informa que a mulher do político, ex-governadora Rosinha Matheus, teria recebido uma doação para campanha eleitoral de R$ 1,6 milhão de contraventores entre 2001 e 2002.

De acordo com investigações da operação Segurança Pública S.A, promovida pela Polícia Federal, Garotinho seria o líder político de uma organização criminosa que facilitaria atividades ilegais de empresários e bicheiros, incluindo o funcionamento de máquinas caça-níqueis. O ex-governador, o deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, e outros 14 suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público Federal.

“Como eu posso agora ser acusado de chefiar uma quadrilha que beneficiava empresas, bicheiros ou pessoas que tem máquinas caça-níqueis se eu, em novembro de 1999, fui o primeiro governador a editar um decreto proibindo a instalação de máquinas caça-níqueis em bares e similares”, afirmou Garotinho.

O ex-governador disse ainda que o envolvimento de seu nome na operação Segurança Pública S.A seria uma perseguição política elaborada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) para forçar peemedebistas a apoiarem o candidato do PT a prefeitura do Rio, o deputado Alessandro Mollon. Garotinho é o presidente regional do PMDB e não aceita a composição da chapa. A assessoria do governador afirmou que ele não vai se manifestar a respeito.

Fonte: Terra

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