Três freiras espanholas e dois missionários lusos que trabalhavam na província de Tete, centro de Moçambique, deixaram o país temerosos de sua segurança, após ataques à sua missão por desconhecidos e o assassinato do padre brasileiro Waldir dos Santos e da missionária portuguesa Idalina Gomes.

O superior regional dos Jesuítas em Moçambique, padre Carlos Salomão, disse nesta segunda-feira à Agência Lusa que as freiras e os missionários abandonaram o país por considerarem que “não há condições de segurança para continuarem a desenvolver o seu trabalho”.

Waldir dos Santos, de 69 anos, e Idalina morreram em um ataque na missão no distrito de Tsangano, província de Tete, na madrugada de segunda-feira, 6 de novembro.

Na ocasião, um outro padre ficou ferido e foi levado para a capital moçambicana, onde está se recuperando.

“Estamos destroçados, temos de repensar a nossa atividade em Tete, porque a morte do padre e da leiga e o regresso dos nossos cinco companheiros estão afetando a nossa intervenção social em Tete”, disse o superior regional dos Jesuítas em Moçambique.

Antes do ataque fatal em Tsangano, outras duas missões dos jesuítas em Tete foram alvo de invasões este semestre, mas sem vítimas, segundo o padre Salomão.

“Estes ataques pretendem desanimar-nos no importante trabalho que temos desenvolvido junto à população carente de Tete”, disse ainda o superior regional dos Jesuítas em Moçambique.

Por outro lado, Salomão disse estar otimista em relação ao trabalho da polícia e confiante na detenção e no julgamento dos autores dos ataques.

Na última terça-feira (7) a Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve dois suspeitos de participação no assassinato do padre brasileiro e da missionária lusa.

Fonte: Lusa

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