A política ou a igreja. Esse é o entendimento do arcebispo metropolitano de Natal, dom Jaime Vieira Rocha, que disse não concordar que padres desempenhem funções políticas.

Depois de ter anunciado que não aceitará religiosos candidatos, a autoridade maior da Igreja Católica no Rio Grande do Norte emitiu nesta quinta um comunicado pedindo para todos os sacerdotes filiados a partidos políticos deixarem as agremiações.

O documento ratifica a posição do religioso, que já havia determinado que os padres que desejassem disputar o pleito municipal de 2012 necessariamente precisariam pedir licença da Igreja. No comunicado, ele lembrou que os padres já conheciam as normas do Direito Canônico no momento em que se ordenaram.

Mesmo com a posição da Arquidiocese, o padre Edilson Nascimento, que atua na Paróquia de Parnamirim (região da Grande Natal) já anunciou que será candidato a vice-prefeito de Extremoz (região da Grande Natal). “Vou pedir afastamento da Igreja, quero viver essa experiência na política”, disse o padre, que está há 15 anos como sacerdote.

Sobre o comunicado do arcebispo, padre Edilson disse que a “Igreja é severa”, mas observou que é preciso analisar os casos isoladamente. Ele afirmou que pretende voltar a exercer o ministério. “Estou saindo para viver uma experiência”, destacou.

Posição diferente teve o padre Antonio Nunes, filiado ao PR. O sacerdote foi convidado para ser candidato a vice-prefeito de Natal na chapa do deputado estadual Hermano Morais (PMDB), mas optou por continuar como padre. Na cidade de Jardim do Seridó (distante 220 quilômetros de Natal) o padre Jocimar Dantas já é o atual prefeito e será candidato à reeleição pelo PMDB.

[b]Fonte: Jornal A Tarde[/b]

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