Mario Pantaleo (1915-1992) foi um padre italiano que se radicou na Argentina, onde se tornou um milagreiro, curando pessoas com as mãos. Sua história rendeu o premiado filme “As Mãos”, que estréia em São Paulo na sexta-feira.

O personagem é interpretado pelo argentino Jorge Marrale (da série “Epitáfios”). Em sua trajetória, o religioso contou com a ajuda de uma mulher rica, chamada Perla (Graciela Borges, “O Pântano”), a quem salvou de um câncer terminal, e depois se tornou sua melhor amiga.

O longa acompanha alguns anos na vida do padre, que foi uma figura de certa polêmica, em especial por bater de frente com os altos escalões da Igreja Católica argentina para atender a doentes e necessitados. Sua filosofia, que ele repetia sempre, era: “Às vezes, creio que a ação ajuda mais do que a prece”.

Depois de perseguido, o padre Mario acabou se exilando numa região longe dos grandes centros, na cidade de González Catán, onde começa a construir sua própria igreja. Sua visão progressista e seus estudos sobre filosofia fizeram com que ele tivesse uma visão mais aberta do mundo e da religião, o que não agradava em nada a seus superiores.

Mario chega a ser espionado, quando a Igreja manda um jovem sacerdote para ser seu informante. Porém, a integridade do padre cativa o espião, que acaba lhe confessando que o trai.

Dirigido por Alejandro Doria, “As Mãos” é um daqueles filmes cheios de boas intenções que é prejudicado, no entanto, pelo excesso de música, clichês e o tom melodramático.

O filme ganhou diversos prêmios na Espanha, entre eles o Goya de melhor filme estrangeiro em língua espanhola e prêmio do público no Festival de Huelva.

Fonte: O Globo

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