A audiência do apóstolo Estevam Hernandes e da bispa Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Renascer em Cristo, inicialmente prevista para a próxima segunda-feira, foi antecipada para hoje com a Justiça dos Estados Unidos.

Na ocasião, o juiz deverá perguntar a Sônia e Estevam se eles se consideram culpados ou inocentes. Se disserem que são inocentes, o processo segue e o caso será levado a júri popular. Mas se eles se considerarem culpados, o juiz dá a sentença e aplica a pena.

No entanto, o casal da Renascer fará um acordo com a Justiça americana para evitar o júri popular. O acordo foi confirmado pelo advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o casal no Brasil, mas os termos não foram divulgados.

O casal cumpre prisão domiciliar e aguarda o julgamento por contrabando, conspiração e falso testemunho no tribunal federal de Miami. Estevam e Sônia negam os crimes.

Eles foram presos no início de janeiro deste ano acusados de entrarem nos Estados Unidos com dinheiro não-declarado. Segundo a polícia americana, eles estavam com US$ 56 mil (em espécie), mas declararam à alfândega que não possuíam mais do que US$ 10 mil.

Para evitar o júri popular, o casal Hernandes deverá assumir a culpa e o acordo –provavelmente proposto pela Promotoria– será apresentado ao juiz, que pode homologar ou não.

A legislação norte-americana aceita diversos tipos de acordos, como a promessa de não delinqüir e o serviço comunitário, semelhante ao que foi firmado entre o rabino Henry Sobel, da CIP (Congregação Israelita Paulista), e a Promotoria do condado de West Palm Beach (Flórida). O acordo foi firmado no fim de maio e o rabino prestará de seis meses de serviços comunitários no Brasil.

Sobel foi acusado de furto de gravatas de grife. Ele foi detido em 23 de março após um circuito de vídeo flagrar o furto.

Segundo a assessoria da Renascer, os termos do acordo ainda estão sendo discutidos pelos promotores e os advogados norte-americanos Albert Krieger e Susan Van Dusen, que defendem o casal nos Estados Unidos.

A assessoria da igreja ressaltou que Sônia e Estevam têm a seu favor o fato de terem “green card” (visto de residência permanente), propriedade nos Estados Unidos e não oferecerem risco à ordem pública.

Fonte: Folha Online

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