O papa Bento XVI reiterou nesta quarta-feira a necessidade de uma separação entre a Igreja e o Estado e afirmou que uma “laicidade sadia não significa prescindir da dimensão espiritual, mas reconhecer que a mesma é fiadora da liberdade e da autonomia terrena”.

O papa afirmou isto diante de milhares de fiéis que assistiram na Sala Paulo XVI do Vaticano à audiência pública das quartas-feiras, na qual citou sua recente viagem à França, que o levou entre 12 e 15 de setembro a Paris e Lourdes.

Após afirmar que na França a Igreja realizou desde o século II um “fundamental papel civilizador”, o pontífice declarou que neste contexto amadureceu “a exigência de uma saudável distinção entre a esfera política e a religiosa, segundo as palavras de Jesus ”dai ao César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

“Se nas moedas romanas estava impressa a efígie de César no coração do homem está a marca do Criador, único senhor de nossa vida”, declarou o papa.

Bento XVI disse que a “autêntica laicidade não significa prescindir da dimensão espiritual, mas reconhecer que esta é fiadora da liberdade e da autonomia terrena”.

O pontíficie destacou na viagem – realizada por ocasião das celebrações dos 150 anos das aparições de Nossa Senhora para a menina Bernadette – o discurso que pronunciou ao mundo, “no qual falou sobre como a busca de Deus é o caminho mestre e o fundamento de toda cultura verdadeira”.

Também citou o encontro com sacerdotes, religiosos e seminaristas, além do com os jovens, aos quais exortou a “não terem medo” de proclamarem o Evangelho, com pleno conhecimento de “que venerar a Cruz às vezes também leva consigo o escárnio e inclusive a perseguição”.

Fonte: EFE

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