Os 253 bispos que assistem ao Sínodo consideram urgente que a Bíblia esteja disponível em todas as línguas, que se aumente as relações com os judeus e o diálogo inter-religioso e que sejam adotadas “iniciativas originais” para divulgar Cristo e as Escrituras.
Assim falou ontem o cardeal arcebispo do Québec, no Canadá, Marc Ouellet, durante a apresentação da Relatio Post Disceptationem (Relação posterior a discussão), que compila discursos dos 253 prelados que assistem à 7ª Assembléia do Sínodo, que começou em 5 de outubro e vai até 26 de outubro.
Em um longo documento em latim, Ouellet, relator do Sínodo, traçou as preocupações dos prelados, entre as que se encontram a importância da homilia.
O próprio cardeal canadense já havia dito, no dia em que apresentou a relação geral do Sínodo, que um dos motivos da fuga de católicos para outras religiões são as homilias ruins.
Outros pontos são a relação entre exegeses e teologia, a leitura individual ou comunitária da Bíblia, a catequese, o diálogo inter-religioso e a comunicação da palavra de Deus.
Os prelados, segundo o resumo de Ouellet, apostam na potencialização do diálogo com os judeus a todos os níveis através da leitura das Escrituras Sagradas que leve em conta a tradição judia.
Eles também apóiam a criação de um fórum cristão-muçulmano para “se encontrar, discutir e meditar juntos”, disse o cardeal.
Segundo ele, melhorar as relações com as outras grandes religiões, com base no respeito e erradicando totalmente o proselitismo, também é necessário.
Entre outras coisas, também foi destacada a necessidade de traduzir a Bíblia para todas as línguas do mundo.
Segundo disse durante o Sínodo o bispo italiano Vincenzo Paglia, presidente da Federação Bíblica Católica, a Bíblia foi traduzida até o momento para 2.454 idiomas e, embora seja o livro mais divulgado do mundo, ainda precisa ser passado para outras milhares línguas.
Fonte: G1