A presença feminina na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, continua com uma representatividade de pouca expressão.

Na eleição de 5 de outubro, que elegeu a primeira mulher que irá governar a cidade, apenas duas mulheres foram eleitas na Câmara, as duas do PSDB, Silvana Resende e Gláucia Berenice.

Para a tucana Silvana Resende este será o terceiro mandato. Já a assistente social, Gláucia Berenice, é estreante no Legislativo.

Para ela a escolha do seu nome foi o reconhecimento daqueles que acompanham o trabalho por ela desenvolvido há anos, “Foi à constatação do meu ministério, da experiência que tenho acumulada ao longo dos anos, através do trabalho social que realizo”. Gláucia é responsável pela casa Missão HIVida, que assiste adultos portadores do vírus HIV, de ambos os sexos, carentes, marginalizados pela sociedade e pela família.

A nova vereadora, que faz parte da nova bancada evangélica – os outros são: Cícero Gomes da Silva, Samuel Zanferdini e o pastor Saulo Rodrigues –, confessou que esperava mais mulheres na Câmara, mas que isso é uma questão de cultura, “O pensamento é que a mulher pode fazer, mas não pode decidir. Eu creio que a mulher tem uma responsabilidade mais apurada e melhor habilidade em administrar”.

Como a primeira mulher evangélica na Câmara Municipal, Gláucia afirmou que a responsabilidade aumenta e que pretende trabalhar por toda à comunidade de Ribeirão Preto.

Pois, ainda que a igreja tenha dado amplo apoio à sua candidatura, ela não foi eleita por um segmento, mas pela cidade, “Meu presbitério nunca apoiaria uma candidatura que fosse voltada para sua coletividade, nem a minha experiência de 22 anos de trabalho por Ribeirão, se prestaria a trabalhar por um segmento, ser evangélica é a essência, mas vou trabalhar em beneficio da cidade que me elegeu”.

Outra dificuldade que a tucana vai encontrar é a questão partidária, o PSDB, partido que ela pertence já se manifestou como ferrenho opositor do próximo governo.

Os outros vereadores evangélicos são da base de apoio à prefeita Darcy Vera, “Eu espero que essa questão fique em segundo plano, pois, fomos todos eleitos para trabalhar pela coletividade, portanto, diante da necessidade maior, espero que outros fins não sejam maiores que os que nos agregam e que não obstruam os nossos valores cristãos. Vamos conversar sobre projetos comuns e apoiar”.

Fonte: Jornal A Hora

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