O cardeal-arcebispo de Bogotá, Pedro Rubiano Sáenz, afirmou nesta segunda-feira, que embora não descarte o diálogo para um eventual acordo humanitário com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), respalda qualquer ação militar ordenada pelo governo, para resgatar os seqüestrados.

“O governo também tem uma responsabilidade para com a vida, a honra e a liberdade das pessoas” _ precisou o Cardeal Rubiano Sáenz, numa entrevista concedida ao telejornal da TV Caracol.

As declarações do purpurado católico surpreenderam, porque contradisseram o que havia sido dito, recentemente, pelo presidente da Comissão Nacional de Reconciliação, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, presidente do Episcopado colombiano e arcebispo de Tunja. Dom Castro Quiroga assegurara que a Igreja não pouparia esforços para que o governo do presidente Alvaro Uribe e as FARC estabeleçam um intercâmbio humanitário de políticos, policiais e militares seqüestrados, por guerrilheiros presos nos cárceres colombianos.

“O resgate militar tem riscos, mas eles (os familiares) devem pensar se é bom tentar o pronto regresso ou esperar muitos anos ainda, com a esperança de rever seus entes queridos” _ disse o Cardeal Rubiano Sáenz.

As FARC _ a maior guerrilha da Colômbia _ mantém como seqüestrados, em algum lugar da selva, sul do país, 57 políticos, policiais, militares e três norte-americanos, alguns seqüestrados há mais de 10 anos.

O cardeal pediu compreensão aos familiares dos seqüestrados: “Não foi o governo que os deteve, mas sim a guerrilha.”

Fonte: Rádio Vaticano

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