Com o depoimento de cinco meninas, a Polícia Federal espera que mais vítimas confirmem o abuso sexual praticado pelo casal de falsos pastores Francisco Vicente Correia Filho, 57 anos, e Elisabete Graffi, 41, da Igreja Evangélica do Supremo Amor de Cristo, na Ilha de Valadares, em Paranaguá, presos na segunda-feira.

Os dois já eram investigados há mais de seis meses. Segundo denúncia anônima, o casal de falsos pastores teria aberto uma igreja e dentre os ritos da seita estava a prática de pedofilia.

As meninas, com idade entre 11 e 15 anos, eram atraídas até a casa do pastor. Ele se dizia possuído por um anjo que, para manter-se forte, necessitava de sexo.

Na residência, a polícia encontrou diversas revistas pornográficas, CDs, disquetes, um computador e dois objetos, em madeira, em formato de pênis.

Segundo o agente Wesley, do setor de operações da Polícia Federal de Paranaguá, alguns casos estão sendo abafados pela família. “Algumas mães realmente acreditam no “poder” do pastor e insistem em negar os abusos. Estamos com esse caso há bastante tempo, mas só agora conseguimos convencer as vítimas a depor. Algumas famílias são coniventes com a situação”, explicou o policial.

Segundo ele, quando estavam fazendo a apreensão na residência, o pastor incorporou o anjo, caiu no chão e falou coisas estranhas, mas logo voltou ao normal. “Um médico foi consultado em seguida e só foi constatado algumas distensões musculares”, contou o policial.

As cinco adolescentes ouvidas prestaram depoimento na presença de membros do Conselho Tutelar e Juizado de Menores. “Algumas meninas estavam instruídas pelas mães a não falar nada sobre os abusos, mas, por iniciativa própria, elas denunciaram o pastor”, disse.

Fonte: Paraná Online

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