A China reagiu às acusações do último relatório dos Estados Unidos sobre a liberdade religiosa no mundo, no qual é citada, declarando que se trata de uma crítica “infundada” e uma “interferência nos assuntos internos”, informou nesta segunda-feira a agência oficial “Xinhua”.

“A China não está satisfeita e se opõe firmemente à acusação dos EUA”, declarou Qin Gang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores.

O estudo anual, divulgado na sexta-feira pelos EUA, inclui China, Birmânia, Irã, Coréia do Norte e Sudão na sua “lista negra” de nações que não se respeitam a liberdade religiosa.

O relatório diz que “o respeito do Governo chinês pela liberdade de credo e de consciência ainda é pequeno”. Segundo Qin, a afirmação “viola as normas básicas das relações internacionais e interfere nos assuntos internos”.

Para o porta-voz, é inquestionável que o Governo do seu país protege a liberdade e crença religiosa “segundo o estipulado pela lei”. Ele recomendou que os Estados Unidos cuidem de seus próprios problemas, inclusive no que se refere à liberdade religiosa.

Segundo dados oficiais, na China existem 100 milhões de fiéis de diversas crenças, mais de 100 mil centros de reunião religiosos e 300 mil clérigos ou monges de diferentes religiões.

O país conta com suas próprias igrejas católica e protestante (a Igreja Patriótica Católica chinesa e a Igreja Patriótica Cristã), as únicas autorizadas. Seus bispos e ministros são designados por Pequim.

Além disso, o Governo tibetano no exílio denuncia pressões sobre os monges seguidores do Dalai Lama no Tibete. Diversas organizações se queixam de assédio, sob o argumento da “guerra contra o terrorismo”, aos muçulmanos da região ocidental de Xinjiang.

Fonte: Último Segundo

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