Forças de segurança chinesas detiveram 46 cristãos que estavam em uma igreja doméstica na Região Autônoma de Xinjiang, forçando-os a mostrar submissão ao governo como parte das sanções severas praticadas contra monges budistas no Tibete, que fica próximo de Xinjiang.

O grupo de cristãos foi detido na região de Kashi City, no domingo, 13 de abril, por manter estudos bíblicos e realizar um culto de adoração em uma residência privada, sem a devida permissão do governo, informou a Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês), falando em nome dos cristãos.

A maioria deles foi libertada sob fiança depois que eles foram forçados a confessar “as atividades de adoração dominicais ilegais e se comprometeram a estudar o Manual do Governo de Política Religiosa”, disse a CAA.

Também lhes foi exigido devolver e recitar a política religiosa a funcionários no prazo de uma semana.

Dois outros, uma mulher cristã chinesa, Ma Wenxiu, de 42 anos, e um homem cristão, Ding Zhichun, 40 anos, foram condenados a detenção de 15 dias no centro carcerário do município de Shache, perto de Kashi City.

Campanha de submissão política e religosa, como no Tibete

A detenção de Ding Zhichun está aparentemente relacionada à decisão dele de abrir sua casa para cultos de adoração.

“Funcionários do governo lançaram uma campanha estratégica contra membros de igrejas domésticas na Região Autônoma de Xinjiang, intitulada de “Campanha contra de atividades cristãs ilegais”, disse a CAA, que sempre está em contato íntimo com cristãos na região.

Segundo a CAA, a recente sanção severa em Xianjiang “é semelhante à campanha contínua que o governo tem lançado contra em Tibete, onde monges budistas estão sendo forçados a jurar submissão à política religiosa estabelecida pelo governo e a denunciar o Dalai Lama.”

Autoridades chinesas rejeitam fortemente as alegações de abusos contra os direitos humanos, enquanto acusam exclusivamente o “Dalai Lama de reluzir violência no Tibete”. O Dalai nega essas acusações.

Fonte: Portas Abertas

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