A China vai oferecer serviços religiosos para estrangeiros que visitarem o país na Olimpíada de 2008 e a religião vai desempenhar um papel positivo no futuro da nação, informou a autoridade máxima do país para assuntos religiosos nesta quarta-feira.

Ye Xiaowen, diretor-geral da Administração Estatal para Assuntos Religiosos, também pediu ao Vaticano para prosseguir com o estabelecimento de laços diplomáticos com o país mais populoso do mundo.

Há cerca de 10 milhões de católicos na China, divididos entre uma igreja leal à Santa Sé e a igreja aprovada pelo Estado que respeita o papa como um representante, mas rejeita o controle papal efetivo.

Ye disse esperar um grande número de fiéis entre os atletas, técnicos e turistas que chegarão ao país oficialmente ateu para as Olimpíadas.

“Estamos aprendendo com os Jogos passados para garantir que suas exigências por venerações religiosas sejam atendidas”, disse Ye a repórteres durante o 17o Congresso do Partido Comunista.

“Aqui eu posso prometer que os serviços religiosos que vamos oferecer não serão inferiores ao nível de quaisquer Jogos anteriores”, disse Ye. Ele não afirmou se o proselitismo será permitido.

O número de chineses adeptos ao Budismo, Taoísmo e Cristianismo está crescendo nos últimos anos. O rápido crescimento econômico trouxe uma maior diversidade, assim como tensão social ao país.

O Partido Comunista considerava as religiões nativas como superstição e as estrangeiras como subversivas, mas agora vai encorajar a religião a desempenhar um papel positivo “em promover o desenvolvimento econômico e social” no futuro, disse Ye, citando o discurso do presidente Hu Jintao.

Fonte: O Globo

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