Pelo menos oito pessoas morreram neste sábado em enfrentamentos entre muçulmanos e cristãos junto a uma igreja na província de Al Qaliubiya, ao norte do Cairo.

A agência oficial egípcia “Mena” tinha comunicado previamente a morte de quatro pessoas, embora as fontes policiais explicaram à Efe que o número de vítimas aumentou pelo falecimento de alguns dos feridos.

O ativista copta Mina Zabet confirmou à Efe a morte de oito pessoas, sete delas cristãs e um muçulmano.

Os choques, que começaram ontem à noite e se prolongaram até a manhã de hoje, aconteceram na zona de Al Jusus, indicaram as fontes, que agregaram que os feridos foram transferidos para vários hospitais próximos.

Até o momento, as versões acerca da explosão de violência são contraditórias, como costuma acontecer frequentemente nos episódios de violência religiosa que são registrados no Egito.

As fontes policiais afirmaram que os choques começaram por conta de uma discussão entre um taxista muçulmano e uma passageira cristã, que derivou em enfrentamentos, nos quais foi atacada a igreja de Mar Girgis.

Zabet explicou que a origem da briga não teve uma motivação sectária, mas que, após a morte de um jovem muçulmano, ocorreram choques a grande escala que foram instigadados por clérigos radicais islâmicos, que chamaram os muçulmanos para atacar aos cristãos.

No entanto, segundo a edição do jornal “”Al-Ahram””, os choques explodiram depois que menores grafitaram nos muros de um instituto dependente da instituição islâmica de Al-Azhar, o que acabou em uma luta com armas brancas.

Uma fonte de segurança de Al Qaliubiya citada por este periódico assegurou que a polícia conseguiu controlar a situação e que a tranquilidade voltou, embora o ativista copta Zabet tenha alertado da possibilidade que os choques possam ser reativados a qualquer momento.

Os cristãos coptas denunciam que, após a eleição do islamita Mohammed Mursi como presidente, os enfrentamentos sectários no Egito aumentaram e acusam as forças de segurança de não proteger seus fiéis e nem seus interesses.

[b]Fonte: EFE[/b]

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