O cineasta argentino Daniel Burman recebeu hoje em Veneza o prêmio Robert Bresson, concedido pela Fundação Ente do Espetáculo, ligada ao Vaticano, e destinado a diretores que “testemunham significativamente a busca difícil do significado espiritual da vida”.

Burman se declarou muito emocionado com a homenagem, que quis compartilhar com o produtor italiano Amedeo Pagani, “a quem me unem cinco filmes e dez anos de atividade”.

“Sinceramente não esperava um prêmio tão prestigiado como esse, que não é conseqüência de um filme mas de toda a minha obra como produtor, diretor e escritor e que reflete meu ponto de vista do mundo, que compartilhei com meu público”, declarou Burman à ANSA.

A premiação teve a presença do presidente da Bienal de Veneza, Paolo Baratta, do diretor do Festival de Cinema de Veneza, Marco Müller, e do presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais do Vaticano, monsenhor Claudio Maria Celli, encarregado de entregar o prêmio.

Celli exprimiu sua satisfação por entregar esse prêmio “a um jovem cineasta da Argentina, país em que servi durante três anos na Nunciatura” e destacou o fato de Burman ser judeu, afirmando que “isso demonstra que o prêmio não considera a religião ou nacionalidade” dos premiados.

O religioso também elogiou a capacidade do cineasta argentino “de chegar ao coração do espectador descrevendo com pudor e discrição a busca da própria identidade, um caminho às vezes turbulento, onde não é fácil encontrar a direção certa”.

Fonte: Ansa

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