O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, informou hoje (13) que a instituição pretende concluir até julho a coleta de 1,5 milhão de assinaturas para reivindicar no Congresso Nacional o aperfeiçoamento da Lei 9.840, que prevê inelegibilidade para políticos condenados por corrupção.

A coleta de assinaturas está sendo feito junta com mais 30 organizações da sociedade civil, entre as quais a Ordem dos Advogados do Brasil.

Dom Dimas disse que já foi elaborada a minuta de projeto de lei complementar, que será entregue na próxima semana ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Brito.

“O que se pretende agora é que fiquem inelegíveis os candidatos que já estejam condenados em primeira instância e os que tenham cometido atos de corrupção durante o exercício de seus mandatos”, afirmou o bispo.

Segundo o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio, a recomendação é que membros do clero não participem da política, nem se candidatem a cargos eletivos, segundo. Para dom Geraldo, esse tipo de participação acarreta envolvimentos que perturbam o trabalho sacerdotal, em razão do jogo político.

“Vez por outra, vai ficar difícil os fiéis definirem se o trabalho doutrinário do sacerdote está influenciado pela militância política.” Os padres que se candidatam têm que se afastar de suas atividades na igreja, explicou dom Geraldo.

De acordo com a CNBB, no próximo ano, a Campanha da Fraternidade vai enfocar questões de segurança pública. A CNBB encerrou hoje reunião de três dias, na qual discutiu também questões ligadas à reforma tributária e aos recursos destinados à área social, a programas de combate ao tráfico de drogas, à corrupção policial e à exploração ilegal de jogos.

Fonte: Agência Brasil

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