A Aliança Evangélica Mundial (WEA, a sigla em inglês) está disposta a unir-se ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e ao Vaticano para apoiar um código de conduta comum que guie as atividades de busca de conversos ao cristianismo.

O secretário-geral da WEA, pastor Geoff Tunnicliffe, “outorgou sua plena aprovação” à participação da organização no processo até então patrocinado pelo CMI e pelo Vaticano, disse o diretor do Instituto Internacional para a Liberdade Religiosa dessa organização, pastor Thomas Schirrmacher. A WEA é uma associação de organizações e igrejas evangelicais com cerca de 420 milhões de membros em todo o mundo.

Schirrmacher foi um dos oradores na realizada de 8 a 12 de agosto em Toulouse, França, quando 30 teólogos e líderes de igrejas católicos, ortodoxos, protestantes, pentecostais e evangélicos da Europa, Ásia, África e Estados Unidos esboçaram o conteúdo do código de conduta, que deve estar finalizado até 2010.

Ao inaugurar a consulta, o arcebispo de Toulouse, monsenhor Robert Le Gall, monge beneditino especialista no diálogo inter-religioso, disse que o código de conduta representa um instrumento para garantir o “respeito mútuo entre aqueles que estão comprometidos com uma religião” e, ao mesmo tempo, para preservar o “direito de propagar e explicar a própria fé”.

Para o pastor Tony Richie, da Igreja de Deus, denominação pentecostal com sede nos Estados Unidos, o código de conduta não é sobre “se” os cristãos evangelizam, mas sobre “como” o fazem. Richie advogou uma “evangelização dialógica”, orientada ecumenicamente e caracterizada por um enfoque ético.

O secretário-geral do Conselho de Igrejas da Malásia e co-moderador da comissão Fé e Constituição do CMI, pastor Hermen Shastri, propôs que o ethos fundamental do código de conduta seja uma atitude respeitosa do direito à crença dos fiéis de todas as religiões. “É preciso dizer aos pregadores religiosos que nenhuma religião tem o monopólio da verdade, mas que há muitos meios para encontrar a salvação”, enfatizou.

Segundo o membro do conselho executivo da WEA, John Langlois, o código de conduta deveria expressar “arrependimento pelas más ações do passado, a fim de mostrar com clareza que foi superada a mentalidade de superioridade em relação às outras religiões”.

Fonte: ALC

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