Rafael Ilha no fundo no poço, novamente

Poucos casos do mundo das celebridades brasileiras tem causado mais comoção do que o de Rafael Ilha, ex-“Polegar”. Rafael, que conheceu o sucesso ainda muito jovem, se envolveu de forma tão profunda com as drogas que perdeu tudo, e chegou ao extremo de quase virar indigente roubando passes de ônibus e migalhas para alimentar seu vicio.

O episódio mais dramático e bizarro da atribulada vida de Rafael, aconteceu em 2000 quando ele engoliu uma pilha, uma caneta e três isqueiro numa patética tentativa de suicídio.

Pouco depois, Rafael se converteu, passou por diversos tratamentos e clinicas de recuperação e todos acharam que ele finalmente havia se levantado do lamaçal em que estava e que tinha se recuperado. Chegou a demonstrar estar tão reabilitado, que abriu sua própria clinica para tratamento de dependentes químicos.

Mas, Rafael Ilha voltou a estar nos noticiários ano passado por uma suposta e mal explicada tentativa de sequestro, que segundo sua defesa , na verdade não passou de uma “intervenção” à pedido do ex-marido da suposta vitima. Rafael responde a um processo pelo ocorrido e o caso ainda esta tramitando na justiça.

E recentemente Rafael foi ao fundo do poço novamente em mais uma tentativa de suicídio. Dessa vez, tentou cortar o pescoço com pedaços de vidro no elevador do prédio onde mora sua avó. Pessoas mais próximas declararam que o cantor está passando por problemas emocionais por conta de um processo de separação.

Poucos sabiam, mas Rafael teve uma recaída recentemente antes da mais nova tentativa de suicídio, e estava internado em um clinica de recuperação. Havia saído apenas para resolver algumas pendências em relação à venda de um apartamento por conta da separação.

É difícil não se comover com a historia de vida de Rafael Ilha. Um menino que chegou à fama ainda adolescente e que tinha tudo para cultivar o estrondoso sucesso a que foi catapultado tão cedo, por muitos anos. Mas, infelizmente escolheu o caminho das drogas, assim como muitos outros jovens e adolescentes brasileiros.

O caso de Rafael choca pelo fato dele ser uma pessoa conhecida do grande publico e ainda ter sua imagem associada àquele adolescente simpático e de sorriso cativante de seus anos na banda “Polegar”. Mas de fato, não é nada diferente dos outros milhares e milhares de brasileiros que também tiveram suas vidas destruídas pela droga ou pelo álcool.

A mídia e tem uma parcela de culpa nisso tudo, por banalizar o complexo problema das drogas e retratar especialmente a maconha como algo divertido e inocente. A justiça brasileira também tem sua culpa por não penalizar usuários como deveria; afinal de contas, como é possível tirar o usuário da equação? Sem usuários não há trafico! Culpar apenas os traficantes é ineficaz e sem sentido, algo como “tapar o sol com a peneira”.

Certamente o problema das drogas é multi-fatorial e tem suas raízes nos nossos seríssimos problemas sociais. Sei também que o governo tem apoiado alguns programas e ONG’s no combate ao uso de drogas. Mas, ainda é pouco. Toda a sociedade deveria ter mais consciência de como esse problema mexe com todos nós e não apenas com os que moram nos morros e favelas.

Talvez nossas igrejas pudessem também ser mais efetivas nessa área, apoiando projetos como o “Desafio Jovem”, por exemplo e promovendo mais campanhas e eventos no combate à esse mal diabólico que assola o mundo.

Mas, acima de tudo, nós bem sabemos que a verdadeira origem do problema das drogas está ligado à busca interior do homem, que precisa de transcendência diante dos problemas da vida e da busca por um sentido, uma razão de existir. E a solução para isso, não está em projetos, leis, ou medicamentos, mas na pessoa de Jesus Cristo, o único que pode verdadeiramente nos dar uma nova vida, uma nova esperança.

Baseado nisso, ainda há tempo e esperança para você também, Rafael e para os milhares de jovens brasileiros que caminham na escuridão do submundo das drogas. Cabe a nós que cremos, portanto, anunciar à todos a que a Luz está bem perto, muito mais do que se possa imaginar
Um abraço,

Leon Neto

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