Negociações indiretas entre Israel e os palestinos começaram neste domingo, segundo o negociador chefe palestino.

Saeb Erekat falou após um encontro entre o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell e o líder palestino Mahmoud Abbas.

Mitchell fará agora a mediação entre os dois lados, com expectativas de que conversas diretas comecem em quatro meses.

A retomada das negociações, em março, foi suspensa após uma disputa envolvendo a construção de novas casas israelenses em Jerusalém Oriental, que os palestinos querem como capital de seu futuro Estado.

As conversas diretas foram suspensas em 2008 depois que Israel lançou uma ofensiva militar em Gaza.

Mitchell já teve uma série de encontro com Abbas e com o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu na última semana.

Netanyahu disse neste domingo que espera que as conversas indiretas se tornem negociações diretas rapidamente.

“A paz não pode ser trazida à distância, ou por controle remoto”, disse.

A retomada das negociações ocorre um dia depois de ter recebido o apoio de líderes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP)

A decisão foi anunciada no sábado após uma reunião de três horas do comitê executivo do grupo, na Cisjordânia.

Assentamentos

Os palestinos se retiraram das negociações depois que Israel lançou uma ofensiva contra o grupo Hamas, em Gaza, no fim de 2008.

Tentativas de reiniciar as conversas, em março deste ano, acabaram sendo atrapalhadas pela disputa sobre a construção de assentamentos em Jerusalém Oriental, que os palestinos querem como capital de seu futuro Estado.

O anúncio gerou tensões na relação entre Israel e os Estados Unidos.

Em novembro, Israel anunciou uma suspensão de dez meses nas construções na Cisjordânia, sob pressão americana.

Mas o país considera que Jerusalém Oriental faz parte de seu território e por isso não precisa obedecer às restrições.

Israel ocupou a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, em 1967 e insiste que Jerusalém é sua capital indivisível.

Quase 500 mil judeus vivem em mais de 100 assentamentos na Cisjordânia, em meio a uma população palestina de 2,5 milhões.

Os assentamentos são considerados ilegais sob a lei internacional, o que Israel combate.

Fonte: BBC Brasil

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