As 416 crianças que foram resgatadas no início de abril de uma seita poligâmica no Texas começaram nesta segunda-feira a ser submetidos a exames de DNA que a juíza encarregada do caso, Barbara Walther, ordenou para determinar quem são seus pais.

As autoridades esperam que as mostras ajudem a esclarecer sobre a confusa relação familiar entre os membros da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Últimos Dias.

As crianças se encontram por enquanto sob a custódia do Estado, mas os pais reivindicam a guarda, no que se transformou em um dos maiores casos de custódia da história dos Estados Unidos.

A juíza ordenou os exames a pedido das autoridades estaduais, que afirmam que os membros da seita mudam continuamente seus nomes, têm dificuldades para identificar os membros de sua família e provavelmente mentem sobre sua idade.

O processo das provas genéticas poderia levar até três ou quatro dias devido à grande quantidade de mostras que precisam ser retiradas, explicou à imprensa local Darrell Acaso, um porta-voz do Serviço de Proteção ao Menor.

A promotoria acusa os membros da seita de promover o casamento entre menores de idade e homens adultos, e de obrigar as adolescentes a manter relações sexuais.

O Serviço de Proteção ao Menor interveio porque considera que as crianças sofriam abusos sexuais ou corriam o iminente perigo de sofrê-los.

As leis do Texas proíbem a poligamia e os casamentos de meninas menores de 16 anos.

Os serviços sociais tinham dificuldades para estabelecer os vínculos familiares entre as crianças e os adultos da seita, dado que os menores identificam como sua mãe a todas as mulheres do rancho.

Quando as provas de DNA tenham terminado, as autoridades do Texas começarão a situar a alguns das crianças que permanecem em centros de amparada desde a batida a princípios de abril e separará aos menores de quatro anos de suas mães.

Fonte: EFE

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