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A crise econômica já afeta de forma profunda a sociedade, inclusive as igrejas evangélicas. Algumas denominações já demonstram isso de forma clara. A Igreja da Plenitude, do evangélico Agenor Duque, acaba de ficar fora do ar por uma semana no canal RBI, devido a falta de pagamento.

Já a Igreja Mundial de Valdemiro Santiago, vem “penando”: perdeu praticamente todos os horários que comprava na RedeTV! –também por atraso no pagamento– e agora mal consegue manter sua emissora na TV fechada (Rede Mundial).

Ainda assim, logo que viu a crise do rival Duque, no final de fevereiro, Valdemiro tentou abocanhar o horário vago na RBI, mas a empreitada não vingou muito. A Mundial tem perdido fiéis principalmente para a Plenitude.

Nas últimas semanas a igreja de Valdemiro aumentou as campanhas e “desafios” (leia-se “carnês”), nos quais fiéis colaboram com uma doação “extra” mensal, que pode ser de R$ 200 a R$ 2000. A justificativa é que, sem doações, será impossível manter a TV Mundial no ar e as rádios.

Estima-se que a Mundial tenha ao menos R$ 11 milhões mensais fixos em aluguéis de horários em TVs, rádios e aluguel de templos. Aliás, há inúmeros casos de aluguel atrasados na Mundial país afora.

[b]CRISE TAMBÉM DERRUBA A FÉ
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Segundo levantamento desta coluna, essas duas igrejas –Mundial e Plenitude– estão aumentando o percentual de minutos/dia nos quais pastores e líderes pedem apoio aos fiéis para que os seus programas/canais não saiam do ar.

Fontes da RBI já haviam “vazado” um mês atrás, prevendo eventual calote, que a igreja de Agenor Duque já era dada como fora da grade a partir do início de março. Dito e feito.

O horário da Plenitude saiu da grade por mais de uma semana, mas agora voltou –assim que pagou a dívida com a emissora. A igreja colocou sua primeira-dama, Ingrid Duque (mulher de Agenor), para agradecer “a todos que ajudaram” com doações para que “a obra continue”.

Já Valdemiro está “proscrito” da TV aberta há quatro anos, desde que perdeu horários na Band e na RedeTV.

O líder da Mundial tem vivido na pele a mais madrasta das crises, aliada a uma inédita fuga de fieis. E tudo começou com longa reportagem do “Domingo Espetacular” (Record), que denunciou o líder da Mundial por lavagem de dinheiro de fiéis, em 2012.

Ministério Público, polícia e –o pior– a Receita Federal causaram grande perda de patrimônio ao auto- intitulado apóstolo, que foi obrigado a vender bens e fazendas milionárias.

Só que também a Igreja Universal assiste à queda no pagamento de dízimos, mês a mês, desde o ano passado.

Pastores ouvidos nos últimos dois dias pela coluna sob a condição de anonimato confirmam a queda, mas afirmam que a orientação da direção da igreja, no momento, é “entender o momento econômico” e, ao contrário das demais, não forçar a doação, fazer exigências ou lançar grandes “desafios” aos fiéis.

[b]A “IGREJA” DO JUSTIN BIEBER
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A crise econômica também tem assustado a outras entidades religiosas internacionais, que previam desembarcar no Brasil (país conhecido pela intolerância política, mas respeito à liberdade de culto.

A musical e australiana Igreja Hillsong já deveria ter aberto seu primeiro templo na zona norte de SP em dezembro. Os planos agora são para julho.

[b]Fonte: Coluna do Ricardo Feltrin – UOL[/b]

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