Os coptas egípcios celebram esta Sexta-Feira Santa em oração e jejum, ainda enlutados pelo duplo atentado suicida que deixou dezenas de mortos no Domingo de Ramos.

O governo introduziu estado de emergência e pediu ao exército para proteger as “infraestruturas sensíveis” após os ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI) contra igrejas em Tanta e Alexandria que mataram 45 pessoas.

Nesta sexta-feira, os coptas foram às igrejas de todo o país para recordar o dia em que Cristo foi crucificado, segundo a tradição cristã.

As celebrações, que traçam o caminho da cruz de Cristo e sua execução, ocorrem em meio à tristeza para a minoria cristã, disse à AFP o bispo copta Kirillos.

“Com estes incidentes, vivemos com Cristo na sua dor”, disse ele.

No sábado, a comunidade ortodoxa celebra a Páscoa. O papa copta Tawadros II deve presidir uma celebração na Catedral de São Marcos, no Cairo.

A Igreja anunciou em comunicado que iria limitar as celebrações da Páscoa para uma missa simples, “dadas as circunstâncias atuais e (sua) solidariedade para com as famílias das vítimas”.

“As igrejas não serão decoradas e os locais geralmente reservados para a recepção dos fiéis que desejam trocar seus votos permanecerão fechados”, declarou à AFP um funcionário do patriarcado copta.

Esses novos episódios de violência contra a comunidade copta três semanas antes da primeira visita do papa católico Francisco ao Egito, mantida para os dias 28 e 29 de abril apesar dos ataques, segundo o Vaticano.

Os coptas, que representam cerca de 10% dos 92 milhões de egípcios, foram alvos de vários ataques nos últimos meses. Em dezembro, um suicida do EI se explodiu em uma igreja no Cairo, matando 29 pessoas.

Fonte: UOL com informações de AFP

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