O deputado Raad Massouh disse ter sido procurado por um pastor que fez a proposta para que três deputados votassem contrários a sua cassação.

Horas antes da leitura da indicação da cassação do deputado Raad Massouh (PPL) na Câmara Legislativa, o distrital procurou a Delegacia de Polícia para registrar ocorrência de extorsão de R$ 2,7 milhões.

O deputado alega ter recebido a proposta de pagar o montante a três deputados para que eles votassem contrários a cassação de Raad. Ele entregou a polícia quatro áudios que comprovariam a denúncia.

Raad Massouh contou ao Diário do Poder ter sido procurado no dia 8 de agosto por um pastor evangélico de uma igreja de Sobradinho II chamado Eliseu. Começou-se então as negociações para que o parlamentar não tivesse mandato cassado por quebra de decoro. Raad teria se encontrado com o pastor quatro vezes. Gravou todos os diálogos. E os entregou ao Ministério Público no último dia 13.

O deputado se nega a dizer quais são os distritais que cobraram R$ 2,7 milhões pelo voto. No entanto, ele disse que será possível identificá-los nos áudios. Coincidentemente, Raad resolveu protocolar ocorrência policial pouco antes da indicação da cassação porque “o Ministério Público investiga em sigilo”, contou. Ele alega não ter citado a extorsão na semana passada – quando se defendeu no plenário da Casa – para não atrapalhar as investigações.

No Departamento de Polícia Especializada (DPE), o deputado conversou com o diretor-geral Jorge Xavier e foi ouvido pelo delegado Luís Alexandre Gratão. Ambos devem procurar o Ministério Público antes de abrir uma investigação formal para saber quais procedimentos foram adotados no caso.

[b]Fonte: Diário do Poder e Jornal da Mídia[/b]

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