Uma maioria de deputados israelenses assinou um pedido contra a “divisão” de Jerusalém para advertir o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, que a cidade não é negociável com os palestinos.

A iniciativa foi lançada por um parlamentar do partido direitista Likud, Yisrael Katz, na mesma semana em que Olmert rompeu um tabu ao questionar se “é necessário incluir Shuafat, Arab al-Suwahara e Walaye em Jerusalém”, em referência aos bairros árabes da cidade.

O pedido foi assinado por 30 deputados da base governista, inclusive dois ministros do Kadima (partido de Olmert), Yacov Edery e Ze’ev Boim, e outros do Partido dos Aposentados, informa hoje o site do jornal “The Jerusalem Post”.

O ministro de Transportes, Shaul Mofaz, também do Kadima, anunciou que em breve assinará o documento, junto com 13 deputados do partido.

O autor do pedido explicou que procura mandar a Olmert a mensagem de que o futuro da cidade santa deve ficar de fora da pauta de negociações com os palestinos.

Os palestinos pretendem estabelecer a capital de seu futuro Estado em Jerusalém Oriental, um dos pontos mais espinhosos das negociações de paz. O setor leste da cidade é ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Em 1980, o Parlamento israelense proclamou-a como “capital única e indivisível” do país.

O deputado Yoel Hason, do Kadima, acusou a oposição de tentar enganar a opinião pública fazendo crer que Olmert aceitará dividir Jerusalém.

O Likud, liderado por Benjamin Netanyahu, deve ir à frente da campanha e fazer uma concentração de simpatizantes que circundarão a Cidade Antiga de Jerusalém, no lado oriental, para expressar rejeição a qualquer concessão.

Fonte: EFE

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