Dez pessoas foram mortas e três igrejas foram incendiadas depois que estudantes de uma escola muçulmana, no norte da Nigéria, iniciaram uma incursão contra os cristãos pela cidade.

Segundo testemunhas, os estudantes atacaram seus colegas cristãos e atiraram pedras em dezenas de lares onde eles e suas famílias moravam.

A identidade de nove entre as dez pessoas mortas foi mantida em segredo pelas autoridades do Estado de Bauchi. Agentes de segurança removeram e enterraram os corpos, que estavam com marcas graves de linchamento.

O único identificado pertencia à Igreja de Cristo da Nigéria, em Yelwa, e foi identificado apenas pelo sobrenome.

As três igrejas incendiadas eram as pentecostais: Igreja Elim, Assembléia de Deus e Igreja Cristã de Deus Redima.

Dentre as casas apedrejadas e destruídas estava a do reverendo Umaru Sule, pastor associado à Igreja Evangélica do Oeste da África (ECWA, sigla em inglês), de Yelwa Makaranta, e a do reverendo Maina Joshua, de Kagadama.

Origem do ataque

De acordo com uma professora da escola secundária, tudo começou porque estudantes muçulmanos constataram que dois blocos de pedra que estavam nas obras de construção de uma mesquita ali na escola tinham sido removidos.

“Ouvi alguns alunos reclamando de que desconhecidos retiraram dois blocos e ameaçaram retaliar os cristãos da região por causa disso no dia 2 de dezembro”, conta a professora.

No último dia 11, enquanto ministrava uma prova, ela ouviu alunos dizendo que não iriam fazer o exame enquanto outros entravam nas salas, quebravam mesas, cadeiras e ameaçavam os cristãos com facas na garganta.

“Tive que sair para preservar minha vida”, contou ela. “Eles gritavam ‘Allahu Akbar (Deus é grande) e atacavam”. “A situação se tornou incontrolável”. Dali, os estudantes saíram da escola e expandiram o ataque pela cidade.

Ore por esses cristãos perseguidos no início de dezembro e pelas comemorações de Natal, que ocorrerão, ainda que de forma discreta. Que o Senhor. traga-lhes alívio, sustento e forças para reconstruírem suas vidas.

Fonte: Portas Abertas

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