Durante mais de duas horas, as testemunhas de acusação no caso de atentado violento ao pudor de forma continuada, que figura como acusado José Raimundo França, dirigente da Igreja Assembléia de Deus Missões, localizada na Areinha, prestaram depoimento na 11º Vara Criminal ao juiz Luís Pessoa.

A denúncia foi feita em maio do ano passado por uma vizinha, que seria esposa de um militar e mãe da vítima – uma menina hoje com 10 anos, que, por inúmeras vezes, com a promessa de bombom e trocados, teria sida atraída para a casa do acusado. Ele foi denunciado pela promotora Fátima Travassos, que na época também representou pela preventiva do acusado, mas o pedido não foi deferido, na época, pela juíza Ângela Salazar.

“Pessoalmente, ele foi intimado para a audiência, mas não compareceu e atendeu um pedido meu e a juíza decretou a revelia, no entanto, na audiência seguinte, que deveria ser para ouvir as testemunhas de acusação, ele apareceu com um salvo conduto concedido pelo Tribunal de Justiça”, disse Fátima Travassos.

Em depoimento, José Raimundo negou todas as acusações, alegando que seria criação por parte da família da vítima. Ainda segundo a promotora, outras crianças no bairro também teriam sido vítimas do acusado, mas as mães preferiram não expor as filhas. Conforme depoimento da vítima, ele a atraía para casa dele mostrando chocolates e cédulas de dinheiro.

“Ela disse que era amarrada com as mãos para trás, para evitar que se debatesse, beijava o corpo, e enquanto se masturbava, algumas vezes, chegou a esfregar o pênis na genitália dela. Para evitar que fosse denunciado, ele alegava que se a mãe da menina soubesse a colocaria de casa para fora”, finalizou a promotora.

A próxima audiência está marcada para 28 de novembro, quando as testemunhas de defesa deverão ser ouvidas. De acordo com informações, José Raimundo já teria sido afastado do cargo que assume na instituição religiosa.

Fonte: Jornal Veja Agora – Maranhão

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