Em todo o mundo, cerca de 100 milhões de cristãos são perseguidos por conta de sua fé em Cristo. Muitos deles vivem em países em que a religião oficial é o islamismo, o hinduísmo, ou que têm regimes políticos comunistas e nenhuma religião é permitida. Nessas nações, os cristãos são minoria e enfrentam os mais diversos tipos de restrições, desde a perda do emprego, até a morte de familiares.

A Missão Portas Abertas estima que existam mais de 500 pessoas presas por causa de sua fé cristã em países como Peru, China, Vietnã, Irã, Arábia Saudita, Sudão, Egito, Turquia e Colômbia. Imagine como isso se dá na prática.

Na maioria desses países, os cristãos não podem se reunir como igreja para cultuar a Deus. Muitas vezes, as reuniões são feitas às escondidas, em locais subterrâneos ou de forma muito discreta. Em muitos casos, esses cristãos são perseguidos pela própria família, que os ameaçam de expulsão caso não neguem sua fé. Em alguns países há liberdade religiosa, mas não se pode fazer proselitismo, ou seja, tentar convencer alguém a mudar sua crença. Assim, o evangelismo é proibido.

Não é raro ver os relatos de supostos novos convertidos ou pessoas que estão sendo evangelizadas delatarem grupos de cristãos para a polícia. Quando isso acontece, a polícia invade o local de reuniões e faz ameaças de prisão. Se Bíblias forem encontradas, a punição pode ser ainda mais severa.

A Janela 10/40 é uma faixa de terra que vai do oeste da África até a Ásia. Subindo, a partir da Linha do Equador, fica entre os graus 10 e 40, formando um retângulo..

Na região vive o maior número de povos não-evangelizados da terra, cerca de 3,2 bilhões de pessoas em 62 países. É ali que estão algumas megalópoles de hoje, ou seja, cidades com uma grande concentração urbana como Tóquio (Japão), Calcutá (Índia), Bagdá (Iraque), Bancoc (Tailândia) entre outras. De cada 10 pobres da Terra, oito estão nessa região, e somente 8% dos missionários trabalham entre eles. É nessa faixa que se concentram os adeptos das três maiores religiões não-cristãs do mundo: islamismo, hinduísmo e budismo.

Na maioria dos países dessa região há falta de receptividade aos cristãos e, em especial, aos missionários que ali atuam. A liberdade religiosa, quando existe, é frágil. Há necessidade de missionários, líderes, pastores e escolas de treinamento para os poucos cristãos existentes. Os crentes precisam ser despertados para uma vida de compromisso com Deus. Há poucos obreiros atuando nos países devido à política de restrições quanto a entrada de missionários. A necessidade de tradução da Bíblia é grande. Os crentes sofrem perseguição e correm risco de vida. A saúde e proteção dos missionários é uma necessidade constante na região chamada de Janela 10/40.

A mídia secular tem, cada vez mais, destacado os fatos da intolerância religiosa contra os cristãos. Jornais como o Diário de S.Paulo e sites como o UOL, publicaram recentemente notícias sobre a perseguição. Por isso, é hora de a Igreja no Brasil tomar conhecimento e agir em favor da parte do Corpo.

Um dos eventos para despertar nas igrejas brasileiras a lembrança desses irmãos perseguidos é o DIP – Domingo da Igreja Perseguida – que foi criado pelo Irmão André, fundador da Portas Abertas, há 20 anos. A data varia de ano para ano, pois é marcada para o domingo seguinte ao de Pentecostes. Esse critério foi adotado porque no relato bíblico de Atos 4, o início da perseguição aos cristãos acontece logo após a descida do Espírito Santo, com a prisão de Pedro e João. Simbolicamente, pode-se dizer que essa foi a “fundação” da Igreja Perseguida.

Este ano, o DIP acontecerá em 30 de maio. Nesse dia, as igrejas criam atividades de acordo com o tempo permitido pelo pastor. Algumas utilizam todo o domingo, outras parte do dia, ou ainda, parte do culto. O que importa, é que a Igreja brasileira ouça sobre a Igreja Perseguida. O site www.domingodaigrejaperseguida.org.br contém todas as informações necessárias para realizar o evento, com sugestões e explicação de como se tornar um organizador do DIP.

Fonte: Portas Abertas

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