A Ordem de Pregadores no Iraque denuncia a grave situação que vivem em meio à minoria cristã. Os dominicanos estiveram entre a minoria cristã no Iraque durante mais de 250 anos. Atualmente, há frades dominicanos, irmãs e leigos iraquianos, lutando por sobreviver nas condições atuais de sua pátria.

Os co-promotores dominicanos internacionais de Justiça e Paz, na Cúria da Ordem em Roma, Toni Harris e Prakash Lohale, transmitem no site da Ordem a súplica pela proteção da minoria cristã, expressa recentemente pelos líderes da Igreja no Iraque.

O Patriarca Mar Dinka IV, da Igreja Católica Assíria do Leste, e o Patriarca católico caldeu Emmanuel Delly, da Babilônia, solicitaram ao Governo próximo do Iraque que protegesse a sua comunidade dos ataques dos extremistas muçulmanos, inspirados pelo Al Qaeda.

Em uma declaração comum, os patriarcas disseram que os cristãos que permanecem em Bagdá estavam enfrentando uma perseguição.

Além do chamado do Governo do primeiro-ministro Nuri Al Maliki para protegê-los, os patriarcas também instaram as Nações Unidas a intervir.

Antes da invasão dos Estados Unidos em março de 2003, estimava-se que cerca de 800.000 cristãos fugissem do Iraque, aproximadamente 3% da grande população muçulmana, vivendo principalmente em centros urbanos como Bagdá.

Ainda que houve alguns ataques no período imediatamente posterior à queda de Saddam Hussein, os cristãos do Iraque não foram especialmente atacados, enquanto as facções rivais muçulmanas sunita e xiita foram à guerra.

Como uma comunidade relativamente rica, contudo, muitos cristãos foram alvo de seqüestros e quadrilhas de resgate e muitos deles — provavelmente mais da metade — abandonaram o país ou se mudaram à área segura relativamente do Curdistão iraquiano.

Em uma homilia recente, o patriarca Emmanuel Delly falou sobre o tema, segundo o diário Al Mutamar, declarando: “Vemos que hoje estamos sendo expulsos de nossas casas, desabrigados com força de nossa pátria e afastados de nossos irmãos, com os quais vivemos juntos”.

Também fez um chamado: “Por este meio, envio uma súplica em nome de todos os cristãos, aos funcionários e a todos aqueles que têm o poder em suas mãos, para trazer paz, segurança e estabilidade entre os filhos da pátria”.

Os co-promotores dominicanos internacionais de Justiça e Paz afirmam: “Apoiamos o chamado do Patriarca e impulsionamos todos os membros de todo o mundo da Família Dominicana a realizar uma série de ações tão rápido quanto seja possível”.

Em primeiro lugar, convidam “a continuar orando pelas pessoas no Iraque, especialmente pela minoria de cristãos perseguidos e, entre eles, nossos irmãos e irmãs dominicanos”.

Em segundo lugar, propõem “contatar seu bispo local, os presidentes da Conferência Nacional dos Bispos e o núncio papal em seu país, impulsionando-os a expressar sua preocupação sobre a situação deteriorada da minoria cristã no Iraque”.

Em terceiro lugar, propõem “contatar seu Governo para impulsionar os poderes ocupantes a assegurar a proteção da minoria cristã no Iraque”.

E concluem agradecendo “todos seus esforços ao participar dessa urgente alerta de ação dominicana. Em todas as suas ações, recorde a seus contatos que você fala como alguém que tem família no Iraque”

Fonte: Zenit

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