A biografia de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal e principal acionista da Rede Record, será lançada em 29 de outubro com um dos maiores esquemas de divulgação da história do setor editorial brasileiro.

Além da primeira tiragem de 700 mil cópias –o dobro de lançamentos como “Harry Potter” ou de qualquer obra de Paulo Coelho– a editora Larousse prepara um lançamento simultâneo em todas as capitais do Brasil. Detalhe: o biografado não participará de nenhum desses eventos. Tampouco dará entrevistas.

A aversão a entrevistas começou em 1995, quando a Globo colocou no ar a minissérie “Decadência”. Nela, Edson Celulari interpretava um maquiavélico e inescrupuloso pastor evangélico. Ofendido com a obra teledramatúrgica, criada em plena “guerra santa” com a emissora carioca, Macedo não só jamais perdoou a concorrente, como também decidiu “cortar relações” com a imprensa, considerada insidiosa.

14 meses de edição

O livro, com cerca de 350 páginas, foi escrito pelos jornalistas Douglas Tavolaro e Cristina Lemos (ele, diretor de Jornalismo da Record; ela, repórter da emissora em Brasília). Foram 14 meses de preparo, com mais de cem pessoas entrevistadas –inclusive inimigos do bispo.

O líder da Universal deu cerca de 40 horas de entrevistas aos biógrafos. Para falar de sua prisão, quando foi acusado de curandeirismo e charlatanismo em 1992, ele fez questão de falar no próprio 91º DP, na Vila Leopoldina, onde ficou preso durante 12 dias. Sua imagem atrás das grades, Bíblia à mão, se tornou um símbolo para os fiéis da igreja.

O livro também será lançado em inglês e espanhol no início de janeiro.

Fonte: Folha Online

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