Nesta sexta-feira (6) o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou a tão aguardada lista com os nomes dos políticos envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou na terça-feira (3) ao STF 28 pedidos de abertura de inquérito referentes a 54 pessoas, entre autoridades e pessoas sem foro privilegiado.

A lista foi feita com base na delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa. O ministro Teori Zavascki, do STF, decidiu acatar o pedido de Janot pela derrubada do segredo de justiça. Depois de muita tensão em Brasília a lista foi divulgada com a determinação de abertura de processos de investigação.

Zavascki também determinou o arquivamento das denúncias contra os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Aécio Neves (PSDB)-MG) e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O procedimento, agora, prevê denúncia por parte do Ministério Público aos acusados e, finalmente, julgamento do STF com base nas denúncias feitas.

A lista confirma o que se sabia até o momento, que os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) figuravam na lista. Cunha é evangélico, era ligado à Igreja Sara Nossa Terra há 20 anos, mas recentemente afirmou que trocou de denominação e agora é membro da Igreja Assembleia de Deus Madureira.

As investigações que serão realizadas pelo STF devem colocar sob suspeitas o sistema de financiamento eleitoral da campanha da presidente Dilma Rousseff nas eleições do ano passado, pois as delações premiadas apontam para o repasse de dinheiro da corrupção, por meio do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para campanhas políticas do PT.

Na lista divulgada pelo STF os nomes envolvidos são apontados como suspeitos de beneficiarem as transações que envolveram a estatal. Entre os nomes apontados pelo ministro estão deputados federais, senadores e outras pessoas sem mandato que agora passam a responder inquéritos no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato da Polícia Federal.

[b]Fonte: Gospel Prime[/b]

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