O Egito reforçou na segunda-feira a segurança em torno das igrejas do Cairo, dois dias depois que confrontos entre muçulmanos e cristãos deixaram um saldo de 12 mortos.

A onda de violência religiosa, que deixou uma igreja destruída pelo fogo e mais de 238 feridos durante o fim de semana, foi desencadeada por rumores de que cristãos teriam sequestrado uma mulher que se converteu ao Islã.

Os incidentes representam um desafio para o atual regime militar egípcio, que está sob pressão para garantir a segurança pública e retomar o crescimento econômico, mas sem recorrer às táticas violentas que o deposto regime de Hosni Mubarak usava contra os militantes islâmicos.

Um reforçado cordão de isolamento foi montado em torno da igreja de Santa Mina, no bairro cairota de Imbaba, onde ocorreram os confrontos na noite de sábado e ao longo do domingo. Outra igreja, a de Santa Maria, foi incendiada.

O Exército disse que 190 pessoas presas nos distúrbios serão julgadas em tribunais militares.

Fontes de segurança disseram que mais 15 pessoas foram detidas na segunda-feira, inclusive o suposto marido muçulmano da mulher apontada como convertida, e um cristão, dono de um bar. Ambos foram acusados como causadores da violência.

[b]Fonte: Estadão[/b]

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