O aumento da expectativa de vida faz com que as pessoas procurem apoio espiritual cada vez mais tarde, é o que aponta estudo realizado no Reino Unido.

Segundo Elissaios Papyrakis e Geethanjali Selvaretnam, autores da pesquisa, para reverter esse quadro, as igrejas devem procurar mostrar os benefícios sociais e espirituais que participar de congregações religiosas traz, para assim atrair mais jovens.

A pesquisa analisa o impacto da expectativa de vida na religiosidade, o grau de dedicação religiosa e de expressão, e as decisões tomadas pelos indivíduos sobre quando envolver-se na religião. O estudo analisa a religiosidade através de um custo-benefício do modelo econômico, onde as decisões em cada momento em que dependem de benefícios sociais e espirituais acompanham a adesão religiosa, a probabilidade de entrar no céu depois da morte, bem como os custos de religião formal, em termos de tempo dedicado às atividades religiosas.

Em países desenvolvidos, constata-se uma redução significativa do número de fiéis nos últimos 50 anos. Contudo, em países da América-latina e da África subsaariana a adesão religiosa continua forte. Segundo os pesquisadores, como a religião aponta para benefícios futuros, as pessoas estão adiando procurá-la porque acreditam que vão viver mais.

“À luz do aumento da expectativa de vida, é importante enfatizar os benefícios sócio-econômicos e espirituais que podem ser apreciados durante a vida na Terra, por exemplo, expandir o círculo social de uma pessoa, atividades comunitárias, a plenitude espiritual, apoio e orientação, ao invés da incerteza de recompensas na outra vida. Estes benefícios podem compensar o impacto negativo da expectativa de vida na religiosidade – que na prática reduz a preocupação com a vida após a morte – e, portanto, incentivar o envolvimento religioso”, diz Papyrakis.

[b]Fonte: Boa Saúde[/b]

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