Os adolescentes que fizeram voto de castidade até o casamento praticam sexo tanto como os que deixaram a promessa de lado, e é provável que não tenham tanto cuidado para evitar doenças e a gravidez, afirma um estudo publicado na revista Pediatrics.

A pesquisa foi conduzida por Janet Rosenbaun, da Escola John Hopkins Bloomberg de saúde pública, e teve foco na relação entre promessa e prática dos adolescentes de ambos os sexos, que fizeram votos públicos de se abster de atividade sexual até o casamento.

Nas últimas décadas, essa foi uma prática entre muitos grupos religiosos mais conservadores e, em cerimônias, os adolescentes proclamam sua decisão de se manter virgens até o casamento, e em muitos casos usam um anel que simboliza esse compromisso.

Rosenbaun comparou os adolescentes que tinham feito o voto com os que não o tinham feito, mas que pensavam em adiar a perda da virgindade. Segundo ela, a pesquisa não incluiu os jovens que tinham poucas possibilidades de fazer tal promessa.

“Os que prometeram virgindade e os que não a prometeram não mostram diferenças na incidência de sexo vaginal, oral, anal ou qualquer outro comportamento sexual”, assinalou.

“O que é mais grave é que os que prometeram virgindade mostram menos probabilidades que os outros de usar preservativos e de recorrer a qualquer forma de anticoncepcional”, diz a pesquisadora.

O estudo constatou, além disso, que cinco anos após terem feito o voto de castidade, mais de 80% dos jovens que realizaram tal promessa negavam terem-na feito.

“Esse alto índice de distanciamento pode implicar que quase todos os que prometeram castidade consideram que esse foi um voto que não tinham obrigatoriamente que cumprir”, destacou Rosenbaun.

Fonte: EFE

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