Além de aumentar as chances das crianças desenvolverem asma e infecções respiratórias, o fumo passivo pode deixá-las mais propensas a ter uma série de infecções severas, segundo estudo da Universidade de Hong Kong. Além disso, segundo os autores, muitas dessas crianças que vivem junto a alguém que fuma precisam ser hospitalizadas por causa das infecções.

De acordo com especialistas, a exposição de crianças nos primeiros meses de vida à fumaça do cigarro é ainda mais perigosa, pois, além de poder irritar todo o sistema respiratório, muitas toxinas podem afetar o sistema imunológico, deixando-as mais vulneráveis a infecções diversas.

No estudo, os pesquisadores avaliaram 7402 crianças nascidas em Hong Kong em abril e maio de 1997 (quase 80% dos nascidos no período), acompanhando-as até os oito anos de idade. E notaram que aqueles nascidos de mães mais jovens e mais pobres tinham maiores chances de serem expostos ao fumo passivo.

Os resultados indicaram que a exposição à fumaça no início da vida, dentro de uma distância de três metros, estava associada a 14% maior risco de a criança ser hospitalizada com doenças infecciosas até completar oito anos de idade. Além disso, aquelas que eram expostas ao fumo passivo nos primeiros seis meses de vida tinham 45% maior probabilidade de hospitalização.

E os que sofrem mais com o fumo passivo são os bebês prematuros, que apresentam o dobro de probabilidade de serem internados com infecção, e aqueles que nasceram com baixo peso – 75% mais chances de serem internados.

Os autores destacam que, com as novas legislações anti-tabaco, menos pessoas são expostas ao fumo em locais públicos. Porém o fumo passivo em casa continua sendo um problema, principalmente para as crianças.

“Enquanto temos um tempo muito difícil tentando levar as pessoas a parar por um longo período de tempo ou completamente, a mensagem é que, mesmo que você não consiga deixar de fumar, apenas o fato de que você pode fumar do lado de fora ou em outro cômodo, ou apenas limitar a exposição, reduz significativamente a chance de seu filho ter uma infecção ou de ser hospitalizado, pelo menos com base no presente estudo”, concluíram.

Fonte: HealthDay

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