O governo da Grã-Bretanha tem a intenção de acabar com a exclusão dos católicos na sucessão ao trono britânico, e quer suprimir a primogenitura masculina.

Uma reportagem do jornal londrino The Guardian desta quinta-feira informa que o governo do primeiro-ministro Gordon Brown pretende propor uma lei neste sentido se o Partido Trabalhista vencer as próximas eleições legislativas, previstas no mais tardar para maio de 2010. De acordo com o diário, o funcionamento do mecanismo da sucessão monárquica é considerado discriminatório pelos críticos.

Ao subir ao trono, o monarca deve fazer uma declaração ao Parlamento rejeitando o catolicismo, e fica proibido de casar-se com um católico. Textos que datam de 1688 em diante estipulam explicitamente que o soberano deve ser protestante. A raiz está no surgimento da Igreja Anglicana em 1534, quando o rei Henrique VIII rompeu com o Vaticano para fundar a sua própria versão do catolicismo romano, em que a Igreja ficou submetida ao estado.

Em maio deste ano, Peter Phillips, neto da rainha Elizabeth II, se casou com a canadense Autumn Kelly. Por ser católica, Autumn teve de se converter ao anglicanismo para permitir que o marido conservasse o 11º posto na ordem de sucessão ao trono. De acordo com o Guardian, o governo também quer acabar com a primogenitura masculina, o que permitiria que uma filha mais velha fosse rainha, mesmo que esta tivesse um irmão mais novo.

Fonte: Veja online

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