Cristãos da província de Anhui, Henan e Xinjiang foram alvos de ataque por parte do governo chinês entre 21 e 24 de dezembro de 2008. Na véspera do Natal, por volta das 23 horas, nove cristãos foram presos por um grupo do Comitê de Segurança Pública (PSB) durante a comemoração em uma igreja na cidade de Youcheng, província de Henan.

Elas encenavam o nascimento de Jesus na rua quando foram indiciadas por organizar “atividades religiosas ilegais” As nove mulheres foram presas no Centro de Detenção de Yucheng. As famílias terão de pagar fiança para que elas sejam libertadas.

Na província de Anhui, às 17 horas de 22 de dezembro, foi feito um ataque conjunto no grupo de estudos Aliança Bíblica Pastor.

Esse grupo de estudos com 19 alunos foi fundado por uma junta de pastores de igrejas não-registradas da região para treinar novos cristãos. Mais de dez policiais à paisana, sem mandado de busca e apresentando apenas seus crachás, renderam o grupo e vasculharam as dependências durante duas horas. Foram confiscados quatro livros.

Às 19 horas, os 19 alunos e dois líderes, Zhu Jianguo e Cheng Donglai, foram levados para uma delegacia do PSB onde foram interrogados, fotografados e filmados.

Durante o interrogatório, policiais utilizando coação, tentaram forçar os estudantes a declarar que foram forçados a participar dos estudos. Por volta das 22 horas, os estudantes foram dispensados, mas os líderes ficaram presos até meia-noite.

No dia seguinte, o PSB ordenou os líderes a mandarem os estudantes para casa antes que funcionários do governo chegassem ao local de treinamento. Sem alternativa, os estudantes foram despedidos.

No mesmo dia, o local foi visitado por policiais. Eles fotografaram e filmaram todo o material e ameaçaram punir os membros da igreja que tocassem naquele material.

Leu-se a declaração de apreensão do governo, alegando que Cheng Donglai abrira ilegalmente a escola, esta seria fechada e o prédio seria demolido.

O caso ainda não está encerrado. Os líderes envolvidos, Zhu Jianguo e Cheng Donglai, devem ser intimados para prestar mais esclarecimentos.

Na província de Xinjiang, uma igreja não-registrada na cidade de Yili foi fechada em 21 de dezembro. O pastor Xie Xianhua, líder da igreja, foi alertado de que seria preso se continuasse a fazer cultos no local.

Fonte: Portas Abertas

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