Em Mianmar (antiga Burma ou Birmânia), sudoeste da Ásia, a perseguição contra o cristianismo continua grande. Atualmente, o regime militar preparou uma lista com os nomes dos cristãos que mais preocupam as autoridades do país.

Segundo fontes locais, os cristãos mais visados são os pastores. O principal objetivo da relação é invadir a residência de pastores a fim de promover o budismo. As fontes, que preferiram não divulgar os nomes por questão de segurança, disse que a ação é uma espécie de pronunciamento oficial do governo, que estaria dizendo: “Ser um birmanês é ser budista”.

Atualmente, em Mianmar, de 45,6 milhões de pessoas, 87% são budistas, 5,7% cristãs e 4% islâmicas. O governo não aceita que a população siga outra religião que não seja o budismo.

Tudo indica que a atual ofensiva das autoridades contra os cristãos é uma resposta à decisão de um editor evangélico de livros teológicos. Mesmo depois de ser ameaçado, o protestante não desistiu de publicar o material religioso.

“Eles tentaram me impedir de publicar livros cristãos. Em uma carta, disseram que se eu publicasse mais alguma coisa seria sentenciado a 12 anos de prisão. Apesar disso, vou continuar. Não tenho medo de ser condenado ou de qualquer ação que eles possam promover. Acredito que Deus já está cuidando de mim”, afirmou o editor, que também preferiu não revelar a identidade publicamente.

A importação de Bíblias em birmanês é limitada a dois mil exemplares por ano. Atualmente, as editoras estão sendo alertadas para interromperem as impressões de qualquer tipo de livro cristão. Além da censura, o governo estuda a possibilidade de restringir todos os títulos religiosos no país. Um tempo atrás, as Bíblias eram queimadas na região e isso pode voltar a se repetir.

Segundo a agência de notícias Portas Abertas, muitos missionários já foram expulsos de Mianmar. Além disso, é proibido que mais de cinco pessoas se reúnam para a realização de cultos. Por isso, a maioria dos cristãos prefere se reunir em secreto.

Fonte: Elnet

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