O Ministério Público Federal de São Paulo ofereceu denúncia na quarta-feira (19) contra três integrantes de um grupo que usou uma igreja e mais de 100 empresas fantasmas para movimentar pelo menos R$ 500 milhões.

O esquema foi desarticulado em outubro, durante a Operação Lava-Rápido da Polícia Federal.

Os integrantes do grupo – um empresário, um economista e um contador – responderão por lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas e falsidade ideológica. O esquema envolvia servidores públicos.

Segundo a procuradora da República Karen Kahn, os acusados operavam um verdadeiro “‘nascedouro’ de empresas de fachada”, usadas para cometer vários crimes. O Coaf (Conselho de Atividades Financeiras) identificou que as empresas de fachada usadas pelo grupo enviavam dinheiro para os EUA sem comunicar oficialmente os sistemas oficiais de controle.

Comandada por laranjas que sequer sabiam do uso de seus nomes, a falsa igreja movimentou R$ 500 milhões. No endereço indicado como sendo do imóvel, funcionava uma academia de ginástica.

As demais empresas fantasmas são dos mais diversos ramos comerciais, tais como do setor de obras, plástico, metalúrgico, agência de modelos, alimentação, faculdade/cursos tecnológicos, laboratório médico, etc. A polícia encontrou no escritório de um dos denunciados espelhos de RG, sem fotos e assinatura ou impressão de polegar, que seriam para criar documentos falsos dos sócios laranjas.

As autoridades que investigam o caso também identificaram o repasse de recursos para empresas cujos sócios são envolvidos com tráfico de drogas, falsificação de documento público, sonegação fiscal e evasão de divisas. Cerca de 687 pessoas, em diversas localidades e sem nenhuma renda declarada, receberam recursos da igreja.

[b]Fonte: UOL[/b]

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