O brasileiro preso no Egito encontrado com Bíblia e material religioso, retornou ao Brasil nesta manhã de sexta-feira. Ele desembarcou no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, no Brasil e elogiou o trabalho da Embaixada brasileira.

Dagnaldo Pinheiro que morava no Egito há sete anos, atuava como guia turístico representante de uma agência de turismo em Guarulhos, a Orientur. Ele visitava as Pirâmides, quando policiais encontraram Bíblias e folhetos evangélicos. Acusado de promover atividades religiosas foi preso durante nove dias, onde diz que teve medo de ser torturado.

“Tive medo de sair dali e ir para um lugar de tortura. Estava com prisioneiros que já tinham sido torturados. Eles sempre falavam: você pode ser torturado se a sua embaixada não lhe encontrar rápido,” afirmou Dagnaldo.

Após sua chegada no Brasil, o guia declarou à BandNews FM de São Paulo, que durante o tempo em que esteve detido recebia apenas água e uma refeição ao dia.

“Tinha direito a um pouco de comida uma vez por dia. Às vezes pedia água e eles não me davam, mas isso eu até entendo porque esse é o mês de jejum deles,” declarou ele referindo-se ao Ramadã.

Apesar da má alimentação, Dagnaldo negou ter sido vítima de maus tratos.

O motivo de sua prisão foi confirmado pela Embaixada do Egito no Brasil, que disse que Dagnaldo foi preso por fazer proselitismo religioso. Apesar da acusação, o guia brasileiro se defende negando não ter feito a prática do proselitismo. “No meu carro tinha um material cristão. Essa foi a acusação [para me prender]. É um material que qualquer cristão pode ter,” disse o guia.

O governo egípcio abriu um processo contra o brasileiro e ainda vai avaliar se um dia ele poderá voltar ao Egito para responder ao processo.

Segundo um levantamento da organização Portas Abertas, o Egito aparece em 21º lugar entre os países onde é mais difícil “pregar o evangelho.”

[b]Fonte: Christian Post[/b]

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