O memorial de Yad Vashem, local de homenagem às vítimas do Holocausto, é um dos pontos críticos da visita de Bento XVI.

Em causa está a decisão do Papa de beatificar o seu antecessor Pio XII, que liderou a igreja católica de 1939 a 1958.

Muitos judeus acusam o papa italiano de ter voltado a cara às atrocidades do regime nazi.

Um posição partilhada pelo director do memorial Avner Shalev:

“O silêncio, como se costuma referir, do Papa Pio XII, significa: ele fez algum discurso público? teve alguma declaração pública em relação ao destino dos judeus, o assassínio de judeus, durante o Holcausto? Em resumo, nós sabemos, e creio que ninguém o discute, que ele não o fez”, declarou.

Outro espinho na visita israelita do chefe supremo da igreja católica, e que muitos consideram prematura, é o caso Richard Williamson.

Na comunidade judaica, mas também na católica, continua vivo o episódio em que o papa anulou a decisão de excomungar o bispo integrista em Janeiro passado.

O Papa reafirmou na altura desconhecer as posições negacionistas de Williamson, que numa entrevista desmentiu a existência de câmaras de gás nos campos de concentração e assegurou que na Segunda Guerra Mundial morreram apenas 300.000 judeus.

Fonte: Euro News

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