Um cidadão turco mostrou nesta quinta-feira sua rejeição à visita do Papa à Turquia, prevista para o final do mês, atirando várias vezes para o alto em frente ao Consulado da Itália em Istambul, informou a agência local “Dogan”.

Segundo a fonte, um turco – identificado como Ibrahim Ak – chegou hoje na frente da sede do Consulado da Itália, deu vários tiros para o alto e gritou frases contra a visita do Papa à Turquia, antes de ser detido pela Polícia.

Ak jogou a arma no jardim do Consulado, acrescentou a fonte, que disse que o homem foi detido pelos agentes que vigiavam a sede do consulado.

Segundo testemunhas citadas pela fonte, Ak gritava que era “feliz por ser muçulmano” quando estava sendo detido pela Polícia.

O Papa Bento XVI chegará em 28 de novembro à Turquia como convidado de honra do presidente turco, Ahmet Necdet Sezer, e ficará no país até 1º de dezembro.

Bento XVI será o terceiro Papa a visitar a Turquia, depois de Paulo VI (1967) e João Paulo II (1979).

Porta-voz vaticano diminui importância de protesto

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, minimizou a importância dos tiros para o alto disparados hoje por um homem em frente ao Consulado da Itália em Istambul, em protesto contra a próxima visita do Papa Bento XVI à Turquia.

“É um episódio à parte, que não compromete o bom clima da preparação da viagem do Papa à Turquia”, disse Lombardi, acrescentando que “não existe preocupação nenhuma” pela visita, que deve acontecer de 28 de novembro a 1º de dezembro.

O diretor do Escritório de Comunicação do Vaticano disse que Joseph Ratzinger irá a “Ancara e Istambul para colocar pontes e reforçar o diálogo”, e acrescentou que os tiros de hoje “não são um fato de grande peso, embora não seja um episódio agradável”.

Sobre a ausência do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, durante a visita de Bento XVI, Lombardi repetiu o divulgado hoje pelo Vaticano em comunicado que dá por certa essa possibilidade, já que o líder turco estará em Riga para participar de uma cúpula da Otan.

O porta-voz disse qua a Santa Sé tinha conhecimento “há muito tempo de que havia uma concomitância de compromissos, tanto que não havia um compromisso fixado. Existia a hipótese de uma reunião, mas subordinada à agenda do primeiro-ministro e, por isso, não havia uma expectativa”.

Fonte: EFE

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