O corpo legislativo da Igreja Anglicana votará na terça-feira se aceita mulheres bispos, em sua maior e mais polêmica decisão em 20 anos.

Os 470 membros do Sínodo Geral deram início à assembleia geral de três dias nesta segunda-feira, duas décadas depois de a Inglaterra apoiar a introdução de mulheres pastoras.

A reunião do Sínodo, formado por três casas – bispos, clérigos e leigos – acontecem na Church House, próximo a Westminster Abbey no centro de Londres.

Rowan Williams, Arcebispo de Canterbury e líder espiritual da Igreja Anglicana, apoia a legislação.

Mais de 1.000 membros da Igreja Anglicana, incluindo bispos e clérigos seniores, enviaram uma carta ao jornal The Independent nesta segunda-feira pedindo ao Sínodo para votar a favor das mulheres bispos.

“Acreditamos sinceramente que esta é a coisa certa a fazer e que esta é a hora certa para isso,” disseram.

Em uma carta ao The Times na sexta-feira, 325 clérigos de opuseram à mudança, dizendo que prosseguir “levará irrevogavelmente a fraturas profundas” na Igreja.

Se for aprovada, a legislação seguirá para o parlamento antes de ser assinado pela rainha Elizabeth II – que também é a suprema governadora da Igreja da Inglaterra – abrindo o caminho para as primeiras mulheres bispos em 2014.

Enquanto isso, a Igreja Anglicana da África Austral ordenou a primeira mulher bispo no continente africano, autoridades informaram nesta segunda-feira.

A consagração de Ellinah Wamukoya, originalmente da diocese da Suazilândia, aconteceu na capital econômica do país, Manzini, no sábado, diante de 3 mil fiéis.

[b]Fonte: AFP[/b]

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