A Igreja Católica argentina manifestou sua comoção na noite desta terça-feira pela condenação do ex-capelão da polícia Christian Von Wernich, que cumprirá prisão perpétua por homicídio, seqüestro e tortura durante a ditadura militar.

“A Igreja na Argentina está comovida pela dor que nos causa a participação de um sacerdote em delitos gravíssimos”, como determinou o Tribunal de La Plata (60 Km ao sul de Buenos Aires)”, destacou o episcopado em uma nota.

“Acreditamos que os passos que a Justiça dá no esclarecimento destes fatos devem servir para renovar os esforços de todos os cidadãos no caminho da reconciliação e são um apelo contra a impunidade, o ódio e o rancor”, disse a cúpula eclesiástica.

A declaração é firmada pelo cardeal primaz da Argentina, Jorge Bergoglio, e por integrantes da comissão executiva da Conferência Episcopal.

A cúpula católica destaca que “se algum membro da Igreja (…) deu seu aval ou foi cúmplice da repressão violenta agiu sob sua responsabilidade, errando ou pecando gravemente contra Deus, a humanidade e sua consciência”.

“Pedimos a Jesus misericordioso e à Nossa Senhora de Luján que nos acompanhe neste doloroso caminho para a reconciliação”.

Von Wernich, de 69 anos, foi considerado culpado de sete homicídios, 31 casos de tortura e 42 seqüestros, no primeiro julgamento contra um padre ligado a uma ditadura da América Latina.

Fonte: AFP

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