Arcebispo de Aparecida, Dom Damasceno diz que o documento foi bem acolhido pela maioria. Mas a rejeição ainda é forte.

O arcebispo de Aparecida, cardeal Dom Raimundo Damasceno, disse que a maioria dos cardeais apoia as mudanças na Igreja na maneira de lidar com os homossexuais e com as relações estáveis entre homens e mulheres. Mas a rejeição ainda é forte.

Para o Papa Francisco não é um tarefa nada fácil reformar a Igreja. Depois da apresentação do primeiro documento do Sínodo da Família, que ontem (13) expôs a necessidade da Igreja de dar apoio aos homossexuais, afirmando, num texto histórico, que eles possuem dons e qualidades para oferecer às comunidades cristãs, os descontentes se manifestaram rapidamente.

Numa entrevista à rádio vaticana, quatro cardeais poloneses criticaram o relatório, afirmando que o texto representa o distanciamento dos ensinamentos de João Paulo II e que é fruto de ideologias contrárias ao casamento. Falaram em concubinato para se referir às relações estáveis, para as quais a igreja também está abrindo portas.

O cardeal brasileiro Dom Raimundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, afirmou que o documento foi bem acolhido pela maioria. “A Igreja propõe que nós devemos acolher as pessoas, independentemente da sua religião, da sua etnia”.

A divisão entre os bispos talvez seja maior do que a esperada. A assembleia segue adiante com os temas polêmicos, como a comunhão aos divorciados que se casaram de novo. A eutanásia e aborto não se discutem. A Igreja também está preocupada com o crescimento demográfico, e apoia o planejamento familiar com os métodos naturais.

[b]Fonte: G1[/b]

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