O Vaticano continua firme em sua tentativa de aproximação com os outros ramos do cristianismo. O Simpósio Internacional e Interconfessional que ocorre esta semana em Roma, está sendo alarmado como “preparação aos 500 anos da Reforma Protestante”.

Comemorada no ano que vem, as celebrações do aniversário da Reforma encabeçada por Lutero em nada lembram as lutas do então frei católico contra a teologia papal vigente e a venda de indulgências. Foi por causa do movimento protestante que surgiram os evangélicos.

Curiosamente, o encontro deste ano promovido pelo Vaticano leva o nome de “Sinais de perdão – Caminhos de conversão – Prática de penitência: uma Reforma que interpela a todos”.

De acordo com a Radio Vaticana, o Simpósio foi aberto pela Embaixadora do Ano Luterano da Igreja Evangélica da Alemanha, Margot Kässmann. Ele lembrou aos presentes os eventos mais importantes previstos para o ano comemorativo. As conclusões dessa reunião serão posteriormente entregues ao cardeal Kurt Koch, que é presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos.

O padre James Puglisi, Diretor do Centro Ecumênico Pro Unione, ressalta que “O objetivo é fazer algo em preparação aos 500 anos da Reforma de Lutero… a partir do ponto de vista da teologia sacramental, tomando como referência o tema do perdão, da conversão e da penitência”.

Na verdade, desde 1967 que católicos e luteranos travam um diálogo teológico constante. Ele já produziu documentos históricos como a Declaração conjunta sobre a Doutrina da Justificação, em 1999. Além dos católicos, assinaram a Federação Luterana Mundial, sendo acolhida também pelo Conselho Metodista Mundial, em 2006. “As Igrejas estão prontas para dar outros passos”, enfatiza Puglisi.

A participação do Papa Francisco nas reuniões de 31 de outubro, em Lund, Suécia, marcarão o lançamento conjunto da Igreja Católica e da Federação Luterana Mundial, de comemoração do 500º aniversário da Reforma. Para o Vaticano, esse será “um gesto simbólico e profundo em direção à reconciliação”.

[b]Etapas do ecumenismo mundial
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Essa aproximação com evangélicos não é o único passo do Vaticano para o ecumenismo mundial.

O papa Francisco já disse que cristãos e muçulmanos são “irmãos e irmãs viajando pelo mesmo caminho”. Em reunião com Bartolomeu I, um dos mais importantes líderes da igreja ortodoxa, falou sobre a tentativa de reunificação das duas vertentes do cristianismo, separadas há quase mil anos.

No último outubro, uma cerimônia no Vaticano reuniu líderes, de mais de uma dezena de tradições religiosas, incluindo sikhs e hindus. Francisco pediu na ocasião que “Todos os crentes, de todas as religiões, juntos, podemos adorar ao criador por ter nos dado o jardim que é esse mundo”.

No final, pediu que cada um fizesse orações, “conforme sua própria tradição religiosa” e conclamou aos representantes das diferentes fés presentes que pedissem ao “seu deus” que os fizesse “mais irmãos”. Perto da virada do ano, incluiu os ateus nesse grupo.

Recentemente lançou uma campanha de mídia onde afirma que membros de todas as religiões são “filhos de Deus”.

[b]Fonte: Gospel Prime[/b]

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