No mesmo dia em que o chanceler argentino e o vice-chanceler colombiano iniciaram na Bolívia a gestão do “grupo de amigos” convocado pelo presidente Evo Morales, ao qual hoje se somará o ministro brasileiro Celso Amorim (Relações Exteriores), a Igreja Católica afirmou que o diálogo entre o governo e a oposição bolivianas é “impossível”.

“Estou persuadido de que é impossível facilitar o diálogo, enquanto ainda virmos campear a desconfiança recíproca, as pressões e a violência”, disse o cardeal Julio Terrazas, máxima autoridade da igreja no país.

Na manhã de ontem, o mandatário boliviano recebeu o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, e o vice-chanceler da Colômbia, Camilo Reyes. O embaixador em La Paz, Frederico Araujo, representou o Brasil na reunião.

O primeiro contato do grupo com a oposição foi um encontro com o presidente do Senado boliviano, Oscar Ortiz.

“Estamos nos reunindo e escutando opiniões para conhecer as distintas preocupações dos setores. Temos a melhor disposição para contribuir ao restabelecimento do diálogo”, disse Taiana.

O “grupo de amigos” é mais uma tentativa de Morales de pôr fim a uma crise interna que dura meses, desde que aliados do presidente aprovaram projeto de Constituição não reconhecido pela oposição.

Fonte: Folha de São Paulo

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